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VIII Marcha das Mulheres negras, lota as ruas de Copacabana.

Cerca de 10 mil pessoas se reuniram para debater sobre luta antirracista e direito das mulheres negras.


Domingo (31), a orla de Copacabana foi palco da VIII Marcha das mulheres Negras, com o tema: “Pela vida, direitos, dignidade e por uma sociedade justa e antirracista. Mais mulheres negras no poder!”. A marcha visava garantir o direito das mulheres negras e ressaltar a luta contra o racismo e a violência. O evento começou às 10h no Posto 3 em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro e foi até o Posto 1, onde aconteceram apresentações musicais como: As Filhas de Gandhy, Orunmilá, Samba Brilho e Grupo Só Damas.

Caravanas de 34 municípios do Estado do Rio de Janeiro compareceram no ato que reuniu mais de 10 mil pessoas.

“Mais uma vez estamos em Marcha, dessa vez duas questões se sobrepõem a tantos outros pontos de nossas reivindicações. De forma alguma nos esquecemos que nós, mulheres negras, somos as principais vítimas do feminicídio, da violência doméstica, da mortalidade materna, do desemprego. Que seja nas áreas urbanas ou rurais, disputamos a vida nas cidades sob inúmeras injustiças, no entanto, definimos como algo que devemos evidenciar nesta marcha é que a nossa luta por direitos tem a ver com ocuparmos os espaços de poder e decisão na política representativa (partidária)”, disse o manifesto do evento.




A Deputada Federal Talita Petrone, foi uma das mulheres que falou no ato "Tá duro, tá insuportável para nossa gente. A gente não aguenta mais ver mães pretas na fila do osso, da pelanca para alimentar seus filhos. A gente não aguenta mais essas mesmas mães chorando a execução. Só no Rio de Janeiro foram 39 chacinas. Os assassinatos de pretos que tem nomes, histórias e sonhos interrompidos. A gente não aguenta mais cada vez mais armas circulando por conta de governo que tem a necropolítica que chega no corpo preto. Mas está duro, nós não temos mais correntes nos pés. Muitas abriram caminho para nós e a esperança está aqui, porque a esperança é preta. A esperança é uma mulher preta. Este ano é um ano de travessia. Nós, mulheres pretas, vamos eleger Lula no primeiro turno, eleger Marcelo Freixo aqui no Estado, mas também vamos eleger a maior bancada de mulheres pretas que o Congresso Nacional já viu. Vamos eleger a maior bancada de mulheres pretas que essa Assembleia Legislativa já viu, porque a nossa esperança está no nosso corpo. Vamos dirigir um novo ciclo da história, porque somos a maioria do povo. Nós mulheres pretas, vamos parir um novo Brasil”, concluiu.



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