top of page

Uerj é palco da mostra Afroperformacidades

Em continuidade a semana do dia da Consciência Negra ,mostra Afroperformacidades chega a Uerj com Performance , exibição de filmes e roda de conversa


A mostra Afroperformacidades chegou ontem 16/11 a todo vapor no Teatro Noel Rosa, Centro Cultural COART na Uerj do Maracanã. Com organização de Denise Espírito Santo e curadoria de Ana Paula Ribeiro e Cynthia Nogueira, a mostra segue seu segundo dia de apresentação depois de sua abertura no dia 12/11 no Muhcab , Gamboa com Roda de conversa de Rosana Paulino e Marcelo Campos.


A mostra pertence ao lugar daquelas iniciativas elaboradas no ambiente acadêmico, mas que procuram pensar a cidade em direta sinergia com sua vocação para o exercício democrático, para o encontro e a partilha de suas reverberações poéticas, especialmente quando destacamos um conjunto de produções que enchem o mundo de novidades e se contrapõem à tirania dos tempos que correm.


Sua primeira edição em 2014 teve como eixo principal olhar a cidade a partir de alianças que emergem dos seus territórios, que amplificam as pautas de indivíduos nem sempre acolhidos pelos sistemas que regem nossa vida política, social, cultural e econômica.




A nova edição da mostra se faz simultaneamente como ação e reflexão em contexto de pós pandemia, promovendo dentro de uma perspectiva dos cuidados, o reencontro presencial com os espaços públicos de arte, cultura e educação da cidade.


Na noite de ontem a mostra contou como abertura , a performance de Tatiana Henrique, Vera Crucis.



Ao longo da mostra, dentre seus 11 filmes na agenda da semana, 4 foram escolhidos para exibição ontem , o filme de Beatriz Vieira , um documentário em busca da sua ancestralidade , intitulado “Em busca de Lélia” , Lélia Gonzalez , um símbolo de resistência e da luta pelos direitos de indígenas, negros e mulheres.


O filme “Um transe de dez milésimos de segundos”, de Jamile Cazumbá .Um transe de dez milésimos de segundos é um ritual-recital-performático sobre as camadas de memória e os diversos pontos de intuição que agem num corpo entre os pontos de fuga ( portanto a possibilidade de existir ) traçados no orí e a travessia, que é a invocação da memória, o transe.


“CoroAção”, de Juciara Àwô e Luana Arah. Mulheres negras sustentam a ancestralidade, o lugar de fala e ação no ori. “CoroAção” subverte rodilhas, baldes, cargas. O trapo insignificante é coroa sagrada. Um corpo negro caminha, erguendo um balde, suportando um oceano, refazendo os passos da própria história.


E o filme “Praia dos tempos”, de Luan Santos. Em uma praia onde as temporalidades se atravessam, Virna experiencia uma jornada de memórias fragmentadas, compartilhamentos e reconciliação consigo mesma.



Ao final da exibição de filmes a mostra contou com uma roda de conversa composta por Tatiana Henrique, Cyntia Nogueira, Jamile Cazumbá e Mariana Maia , contando ao público seus olhares , construções e inspirações por trás dos filmes e performance.


A programação da mostra , na semana do dia da Consciência Negra segue hoje 17/11 com mais uma mostra na, às 19h no mesmo local e na sexta-feira 18/11 se encerra na FEBF , extensão da Uerj na Baixada Fluminense em Duque de Caxias.


Como observação , a participação na mostra credencia ao certificado de participação em atividades acadêmico-científico-culturais.


Ao longo da semana que celebra o Dia da Consciência Negra, o Portal Favelas vem trazendo atividades relacionadas à data e para ficarem por dentro deste novembro recheado de atrações culturais, acessem também nossas redes sociais.

14 visualizações
bottom of page