Os moradores da favela do Jacarezinho (RJ) foram acordados no início da manhã desta quinta-feira (06 de maio) com rajadas de tiros e o barulho do motor do helicóptero da Polícia Civil do estado do Rio de janeiro. estava começando uma violenta operação policial que aterrorizou todos dos moradores e deixou um saldo trágico de 25 mortes.
O pretexto da polícia do governador Claudio Castro era a busca de 21 pessoas acusadas de aliciamento de menores para o tráfico de drogas. Dentre os mortos estão 24 moradores e um policial civil. Tudo isto acontece, mesmo com a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que desde junho do ano passado suspendeu as operações nas favelas durante uma pandemia. A decisão permite ações apenas em "hipóteses absolutamente excepcionais" e com o aval do Ministério Público.
Mas o que se viu nesta quinta foi um ato de barbárie, com corpo de pessoas caídas ao chão ou arrastadas pelos becos e vielas da favela. O sociólogo Daniel Hirata, do Geni, disse:
"Essa foi uma operação mais letal que consta na nossa base de dados, não tem como qualificar de outra maneira que não como uma operação desastrosa"