O Rio de janeiro viveu momentos de muita agitação política nos últimos dias. Desde as gigantescas movimentações de 2013 e as concentrações do “Ele Não”, de 2018, a cidade não via uma multidão tão numerosa quanto a que compareceu ao ato político organizado pelos partidos que integram o movimento "Vamos Juntos Pelo Brasil" e conta, além da participação do PT e do PSB (partido de Geraldo Alckmin), com o apoio do PSOL, PCdoB, PV, Solidariedade e Rede.
O ato fez parte de uma agenda de compromissos dos pré-candidatos Lula e Alckmin no Rio de Janeiro e começou no dia anterior (quarta-feira) com um encontro com reitores e dirigentes de universidades e escolas públicas e privadas do Estado . Na mesma quarta, os pré-candidatos Lula e Alkimim paticiparam de um evento com sambistas e compositores na quadra da escola de samba Unidos da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro. Cerca de 200 convidados estavam presentes ao evento que reunião os trabalhadores do samba, intérpretes, compositores, entre eles, Neguinho da Beija-Flor , Tia Surica, Sérgio Loroza, Manu da Cuíca, Adelzon Alves e a cantora Tereza Cristina como mestre de cerimônias.
Lula, que tem afirmado em suas viagens pelo país que pretende recriar o Ministério da Cultura e criar comitês em cada cidade para valorizar a cultura brasileira e sua cadeia produtiva, ressaltou também a participação popular em festas como o Carnaval. “O papel do Estado é garantir que as pessoas conheçam o Brasil na sua plenitude”, afirmou. “Precisamos tratar o samba como uma indústria de geração de oportunidades para o povo brasileiro”.
Mas o maior evento no Rio foi mesmo na noite de quinta, na Cinelândia. Há muitos anos não se via um público tão grandioso. Nem mesmo um artefato caseiro de m... jogado atrás do palco (cujo autor foi preso em flagrante) foi capaz de atrapalhar o ato que teve participação de políticos, pré-candidatos, movimentos e entidades da sociedade civil e uma massa de anônimos partidários e simpatizantes da pré-candidatura de Lula a Presidente da República.
No palco, rodízio de discursos que começaram com o senador Randolfe Rodrigues, passando por presidentes dos partidos coligados e os pré-candidatos André Siciliano (Senado), Alkimi (vice-presiente), Marcelo Freixo (governador do Rio) e Luis Inácio Lula da Silva. O candidato do movimento Juntos Pelo Brasil começou seu discurso acabando com qualquer indefinição que pudesse haver sobre quem é o candidato dele na eleição de governador. De braço dado com Marcelo Freixo, Lula disse: "eu vim aqui para tirar as dúvidas de qualquer pessoa. Aqui no Rio de Janeiro eu tenho candidato a Governador chamado Marcelo Freixo".
O impasse continua quanto à candidatura ao Senado, pois o presidente do PSB, deputado Alessandro Molon discursou na primeira parte do evento e disse que vai manter a sua pré-candidatura ao Senado. Do outro lado, André Siciliano, aparecia como candidato da coligação com fotos no fundo do palco com ele, Freixo e Lula e desferindo farpas ao seu oponente durante o discurso para a multidão na praça.
Assim que o Lula chegou na Cinelândia começou a segunda parte dos discursos. O primeiro a falar foi o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ele foi muito aplaudido quando disse que o Rio de Janeiro vai derrotar o "Besta Fera" em seu próprio território nativo - referindo-se ao atual presidente da República.
O pre-candidato a governador do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, tambem falou durante o ato e disse que a educação é fundamental e tem como sonho revitalizar os Cieps do ex-governador Leonel Brizola. Freixo disse tambem que matança não é segurança e que o Rio precisa de uma polícia com inteligencia que proteja a população jovem negra.
Por fim, depois de vários ordadores se revezando no palco, o pre-candidato a presidente, pelo movimento Juntos Pelo Brasil, Lula, falou para a multidão concentrada na Cinelândia que o sigilo de 100 anos para processos que apuram irregularidades do governo e dos filhos do presidente terá que que ser quebrado.