Dia Estadual de Mobilização e Combate ao Covid nas Favelas
Neste 10 de fevereiro, em muitas favelas, comunidades e periferias do nosso Estado (RJ) estarão acontecendo inúmeras atividades de mobilização e combate à pandemia, como grafitagens, panfletagens, higienização de vielas, agitação com carros de som, faixaços, reuniões presenciais e virtuais. E nas universidades e instituições de pesquisa, assim como nos mandatos de vários parlamentares progressistas, inúmeras lives e eventos virtuais, com o mesmo foco. O objetivo é conscientizar a população das favelas sobre a importância de levar a sério os protocolos de segurança sanitária nas favelas, durante o período da pandemia (uso de máscaras e álcool em gel, evitar aglomerações), e denunciar a desigualdade das condições com que os moradores de favelas são obrigados a travar esta batalha em seus cotidianos.
A pandemia parece ser democrática, pois a princípio atinge a todos e todas, mas os números mostram que ela tem gênero, raça e territorialidade. São os moradores de favelas os mais vulneráveis à pandemia, os números de infectados e de óbitos não permitem desconhecer esta triste realidade. Boa parte dos moradores de favelas não consegue se manter em quarentena, pois são obrigados a sair pra trabalhar, todos os dias. E a pegar transportes públicos, quase sempre abarrotados e mal ventilados. Esta população depende 100% do SUS, cujas instalações e equipamentos estão sobrecarregados. As densidades demográficas dos territórios favelados tornam a situação ainda mais crítica, pouco espaço pra muita gente. Em muitos desses territórios falta água para lavar as mãos e a rede de saneamento básico é insuficiente. Só pra lembrar, a UPA de Manguinhos foi fechada recentemente, em 06 de janeiro, o que já seria um absurdo se não estivéssemos em plena pandemia. O poder público, nas três instâncias, finge desconhecer este povo excluído e sofrido. É nesses territórios que o índice de desemprego e subemprego é estratosférico.
Conhecendo esta realidade, alguns coletivos de trabalho comunitário em favelas procuraram vários parlamentares progressistas, tanto na Câmara Municipal do Rio como na ALERJ, buscaram apoio na academia (UFRJ, PUC, UERJ), em entidades da sociedade civil ligadas à saúde e à ciência (ABRASCO, SBPC e FioCruz) e articularam um processo de construção coletiva e de pressão sobre os poderes públicos, para viabilizar algumas políticas públicas voltadas para o universo dos moradores das favelas. Um processo de negociação e pressão na ALERJ, via a iniciativa de vários mandatos de parlamentares progressistas, permitiu conseguir um aporte de R$ 20 milhões, transferidos para a FioCruz, para investir num Plano de Enfrentamento do Covid19 nas Favelas, ou seja em projetos específicos de combate à pandemia nos territórios de favelas.
O Professor Cunca Bocaiúva, do NEPP-UFRJ, fala um pouco sobre aspectos desse processo:
-- As atividades de extensão ligadas ao direito à cidade nos territórios de favelas e periferias, voltadas para fortalecer ações de organização e mobilização em políticas públicas, vem lidando com desafios em matéria de moradia, saneamento, saúde, educação e na luta contra a necropolítica...Desta forma, parte das ações da Universidade apoiaram estas ações decisivas para evitar um quadro ainda pior, diante dos efeitos da pandemia na relação com as desigualdades estruturais e segregações que marcam a vida em nossas cidades.
Itamar Silva, coordenador da ECO, na favela Santa Marta, explica outros passos do processo:
-- Tão logo a Presidência da ALERJ sinalizou com a possibilidade de apoio financeiro, o coletivo responsável pela elaboração e detalhamento do Plano partiu para o aprofundamento da proposta, buscando transformá-la num projeto executivo. Contamos com o apoio de diversos profissionais da FioCruz, realizamos reuniões com a Secretaria Municipal de Saúde, e encaminhamos à FioCruz a demanda para que assumisse a gestão técnica e coordenação do Plano, o que acabou acontecendo na sequência.
Como resultado de todo esse processo, a FioCruz deverá publicar em breve um edital de R$ 17 milhões destinados a acolher cerca de 140 projetos de combate à pandemia nos territórios de favelas, em diferentes áreas de ação: Comunicação e Informação, Segurança Alimentar, Educação, Saúde e Direitos Humanos.
No dia de ontem, terça, 09 de fevereiro, o Portal Favelas produziu uma live especial, com Patrícia Felix (Vila Vintém), Cláudia Rose (Maré), Itamar Silva (Sta.Marta) e Magda Gomes (Rocinha), debatendo vários aspectos deste projeto, e anunciando as atividades que acontecerão neste 10 de fevereiro, Dia Estadual de Mobilização e Combate ao Covid19 nas Favelas. Se você não viu, assista aqui no Portal. Neste 10 de fevereiro, em muitas favelas, comunidades e periferias do nosso Estado (RJ) estarão acontecendo inúmeras atividades de mobilização e combate à pandemia, como grafitagens, panfletagens, higienização de vielas, agitação com carros de som, faixaços, reuniões presenciais e virtuais. E nas universidades e instituições de pesquisa, assim como nos mandatos de vários parlamentares progressistas, inúmeras lives e eventos virtuais, com o mesmo foco. O objetivo é conscientizar a população das favelas sobre a importância de levar a sério os protocolos de segurança sanitária nas favelas, durante o período da pandemia (uso de máscaras e álcool em gel, evitar aglomerações), e denunciar a desigualdade das condições com que os moradores de favelas são obrigados a travar esta batalha em seus cotidianos.
A pandemia parece ser democrática, pois a princípio atinge a todos e todas, mas os números mostram que ela tem gênero, raça e territorialidade. São os moradores de favelas os mais vulneráveis à pandemia, os números de infectados e de óbitos não permitem desconhecer esta triste realidade. Boa parte dos moradores de favelas não consegue se manter em quarentena, pois são obrigados a sair pra trabalhar, todos os dias. E a pegar transportes públicos, quase sempre abarrotados e mal ventilados. Esta população depende 100% do SUS, cujas instalações e equipamentos estão sobrecarregados. As densidades demográficas dos territórios favelados tornam a situação ainda mais crítica, pouco espaço pra muita gente. Em muitos desses territórios falta água para lavar as mãos e a rede de saneamento básico é insuficiente. Só pra lembrar, a UPA de Manguinhos foi fechada recentemente, em 06 de janeiro, o que já seria um absurdo se não estivéssemos em plena pandemia. O poder público, nas três instâncias, finge desconhecer este povo excluído e sofrido. É nesses territórios que o índice de desemprego e subemprego é estratosférico.
Conhecendo esta realidade, alguns coletivos de trabalho comunitário em favelas procuraram vários parlamentares progressistas, tanto na Câmara Municipal do Rio como na ALERJ, buscaram apoio na academia (UFRJ, PUC, UERJ), em entidades da sociedade civil ligadas à saúde e à ciência (ABRASCO, SBPC e FioCruz) e articularam um processo de construção coletiva e de pressão sobre os poderes públicos, para viabilizar algumas políticas públicas voltadas para o universo dos moradores das favelas. Um processo de negociação e pressão na ALERJ, via a iniciativa de vários mandatos de parlamentares progressistas, permitiu conseguir um aporte de R$ 20 milhões, transferidos para a FioCruz, para investir num Plano de Enfrentamento do Covid19 nas Favelas, ou seja em projetos específicos de combate à pandemia nos territórios de favelas.
O Professor Cunca Bocaiúva, do NEPP-UFRJ, fala um pouco sobre aspectos desse processo:
-- As atividades de extensão ligadas ao direito à cidade nos territórios de favelas e periferias, voltadas para fortalecer ações de organização e mobilização em políticas públicas, vem lidando com desafios em matéria de moradia, saneamento, saúde, educação e na luta contra a necropolítica...Desta forma, parte das ações da Universidade apoiaram estas ações decisivas para evitar um quadro ainda pior, diante dos efeitos da pandemia na relação com as desigualdades estruturais e segregações que marcam a vida em nossas cidades.
Itamar Silva, coordenador da ECO, na favela Santa Marta, explica outros passos do processo:
-- Tão logo a Presidência da ALERJ sinalizou com a possibilidade de apoio financeiro, o coletivo responsável pela elaboração e detalhamento do Plano partiu para o aprofundamento da proposta, buscando transformá-la num projeto executivo. Contamos com o apoio de diversos profissionais da FioCruz, realizamos reuniões com a Secretaria Municipal de Saúde, e encaminhamos à FioCruz a demanda para que assumisse a gestão técnica e coordenação do Plano, o que acabou acontecendo na sequência.
Como resultado de todo esse processo, a FioCruz deverá publicar em breve um edital de R$ 17 milhões destinados a acolher cerca de 140 projetos de combate à pandemia nos territórios de favelas, em diferentes áreas de ação: Comunicação e Informação, Segurança Alimentar, Educação, Saúde e Direitos Humanos.
No dia de ontem, terça, 09 de fevereiro, o Portal Favelas produziu uma live especial, com Patrícia Felix (Vila Vintém), Cláudia Rose (Maré), Itamar Silva (Sta.Marta) e Magda Gomes (Rocinha), debatendo vários aspectos deste projeto, e anunciando as atividades que acontecerão neste 10 de fevereiro, Dia Estadual de Mobilização e Combate ao Covid19 nas Favelas. Se você não viu, assista aqui no Portal. Neste 10 de fevereiro, em muitas favelas, comunidades e periferias do nosso Estado (RJ) estarão acontecendo inúmeras atividades de mobilização e combate à pandemia, como grafitagens, panfletagens, higienização de vielas, agitação com carros de som, faixaços, reuniões presenciais e virtuais. E nas universidades e instituições de pesquisa, assim como nos mandatos de vários parlamentares progressistas, inúmeras lives e eventos virtuais, com o mesmo foco. O objetivo é conscientizar a população das favelas sobre a importância de levar a sério os protocolos de segurança sanitária nas favelas, durante o período da pandemia (uso de máscaras e álcool em gel, evitar aglomerações), e denunciar a desigualdade das condições com que os moradores de favelas são obrigados a travar esta batalha em seus cotidianos.
A pandemia parece ser democrática, pois a princípio atinge a todos e todas, mas os números mostram que ela tem gênero, raça e territorialidade. São os moradores de favelas os mais vulneráveis à pandemia, os números de infectados e de óbitos não permitem desconhecer esta triste realidade. Boa parte dos moradores de favelas não consegue se manter em quarentena, pois são obrigados a sair pra trabalhar, todos os dias. E a pegar transportes públicos, quase sempre abarrotados e mal ventilados. Esta população depende 100% do SUS, cujas instalações e equipamentos estão sobrecarregados. As densidades demográficas dos territórios favelados tornam a situação ainda mais crítica, pouco espaço pra muita gente. Em muitos desses territórios falta água para lavar as mãos e a rede de saneamento básico é insuficiente. Só pra lembrar, a UPA de Manguinhos foi fechada recentemente, em 06 de janeiro, o que já seria um absurdo se não estivéssemos em plena pandemia. O poder público, nas três instâncias, finge desconhecer este povo excluído e sofrido. É nesses territórios que o índice de desemprego e subemprego é estratosférico.
Conhecendo esta realidade, alguns coletivos de trabalho comunitário em favelas procuraram vários parlamentares progressistas, tanto na Câmara Municipal do Rio como na ALERJ, buscaram apoio na academia (UFRJ, PUC, UERJ), em entidades da sociedade civil ligadas à saúde e à ciência (ABRASCO, SBPC e FioCruz) e articularam um processo de construção coletiva e de pressão sobre os poderes públicos, para viabilizar algumas políticas públicas voltadas para o universo dos moradores das favelas. Um processo de negociação e pressão na ALERJ, via a iniciativa de vários mandatos de parlamentares progressistas, permitiu conseguir um aporte de R$ 20 milhões, transferidos para a FioCruz, para investir num Plano de Enfrentamento do Covid19 nas Favelas, ou seja em projetos específicos de combate à pandemia nos territórios de favelas.
O Professor Cunca Bocaiúva, do NEPP-UFRJ, fala um pouco sobre aspectos desse processo:
-- As atividades de extensão ligadas ao direito à cidade nos territórios de favelas e periferias, voltadas para fortalecer ações de organização e mobilização em políticas públicas, vem lidando com desafios em matéria de moradia, saneamento, saúde, educação e na luta contra a necropolítica...Desta forma, parte das ações da Universidade apoiaram estas ações decisivas para evitar um quadro ainda pior, diante dos efeitos da pandemia na relação com as desigualdades estruturais e segregações que marcam a vida em nossas cidades.
Itamar Silva, coordenador da ECO, na favela Santa Marta, explica outros passos do processo:
-- Tão logo a Presidência da ALERJ sinalizou com a possibilidade de apoio financeiro, o coletivo responsável pela elaboração e detalhamento do Plano partiu para o aprofundamento da proposta, buscando transformá-la num projeto executivo. Contamos com o apoio de diversos profissionais da FioCruz, realizamos reuniões com a Secretaria Municipal de Saúde, e encaminhamos à FioCruz a demanda para que assumisse a gestão técnica e coordenação do Plano, o que acabou acontecendo na sequência.
Como resultado de todo esse processo, a FioCruz deverá publicar em breve um edital de R$ 17 milhões destinados a acolher cerca de 140 projetos de combate à pandemia nos territórios de favelas, em diferentes áreas de ação: Comunicação e Informação, Segurança Alimentar, Educação, Saúde e Direitos Humanos.
No dia de ontem, terça, 09 de fevereiro, o Portal Favelas produziu uma live especial, com Patrícia Felix (Vila Vintém), Cláudia Rose (Maré), Itamar Silva (Sta.Marta) e Magda Gomes (Rocinha), debatendo vários aspectos deste projeto, e anunciando as atividades que acontecerão neste 10 de fevereiro, Dia Estadual de Mobilização e Combate ao Covid19 nas Favelas. Se você não viu, assista aqui no Portal, o link está no início do texto.