Durante mais de 3 horas, militantes estudantis, ativistas populares, poetas de rua e entidades representativas da sociedade civil e ex-presos políticos estiveram no ato em frente ao prédio do DOPS, no Centro do Rio, exigindo reparação ao STF e reivindicando que o local se torne um centro de memória pelos direitos humanos. Mobilização semelhante ocorre em relação ao DOI-CODI paulistano. Já o ex Dops de São Paulo tornou-se o Memorial da Resistência.

Neste 13 de dezembro completaram-se 53 anos que o Brasil iniciou o período mais duro da ditadura civil-militar que imperou no país de 1964 a 1985. Neste dia, em 1968, foi editado o Ato Institucional 5 (AI-5), a mais draconiana medida dos militares contra a democracia e o povo brasileiro, que levou ao recrudescimento do regime, com mais cassações, perseguições, prisões, torturas, assassinatos e exílios.
No prédio da esquina da rua da Relação com rua dos Inválidos, os discursos dos manifestantes ecoavam para toda a rua com muitas pessoas nas janelas dos prédios vizinhos e motoristas que por ale passavam acenando em apoio ao ato e gritando fora Bolsonaro. Foram diversas lideranças que se manifestaram e o destaque foi a grande presença de jovens, muitos deles ainda nem nascidos quando o AI-5 foi assinado naquele 13 de dezembro de 68.
Outros ativistas e artistas se apresentaram no ato que teve a participação de cerca de 100 pessoas, muitas delas portando faixas, cartazes e bandeiras. E tambem teve representantes do coletivo poesia marginal
Para o representante do Movimento Humanos Direitos, o professor Adair Rocha, a presença de jovens é um sinal muito positivo de que existe uma consciência política ativa no meio da juventude.
Mas para se ter indignação não precisa ter idade e estavam lá jovens e velhos militantes, muitos deles passaram horrores naquele prédio sinônimo de tortura e morte. Um deles, Jorge Ricardo Gonçalves, representante do Coletivo Fernando Santa Cruz.l