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Casa Nem consegue acolhida em escola em Copacabana


Fonte: Instagram Casa Nem


Nesta segunda-feira (24), a justiça determinou a reintegração de posse do prédio na Rua Dias da Rocha 27, em Copacabana, endereço da Casa Nem: Um movimento de apoio a pessoas LGBTQIA+ em estado de vulnerabilidade ocupa o imóvel desde 19 de julho de 2019. Mesmo antes desse marco, alguns membros já residiam nesse imóvel há um ano.


A ação para a retirada de pessoas que ocuparam um prédio que esteve abandonado por mais de cinco anos contou com a presença de agentes da Polícia Militar, Guarda Municipal. Porém, havia também representantes do Conselho Tutelar e da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ e vários apoiadores da Casa Nem, que se posicionaram em frente ao prédio em demostração de apoio às mais de cinquenta pessoas que têm o local como residência.


A Casa Nem não é apenas um espaço de passagem para aqueles que precisam de apoio para a reestruturação de suas vidas. Além de indivíduos, o lugar abriga projetos iniciados, inclusive, antes da ocupação do prédio em Copacabana. Quando ainda era sediada na Lapa, a ONG responsável pela ocupação oferecia atividades focadas na autonomia e capacitação dessa população tão estigmatizada. Yoga, fotografia, libras, corte e costura e preparação para o ENEM, o PreparaNem, eram ofertados para todes aqueles que se "considerem nem", como define a descrição nas redes sociais. Para manter tais atividades, o espaço produzia animadas festas e contava com doações de apoiadores.


A tentativa de expurgar aqueles que desde o início da ocupação do prédio incomodavam a vizinhança apegada ao padrões cisheteronormativo iniciou-se antes das 9h e durou até o fim da tarde. Os moradores afirmaram que só sairiam a partir de negociações pacíficas. E assim se deu. Indianara Siqueira, presidente da ONG Transrevolução, que abriga a Casa Nem, da janela de um dos apartamentos do prédio ocupado, anunciou que em acordo com a prefeitura foi garantida a reintegração de posse e a transferência dos ocupantes para uma escola municipal do mesmo bairro.


Será uma estadia provisória, pois o prédio que irá abrigar o projeto de acolhimento e capacitação de indivíduos pertencentes à comunidade LGBTQIA+ está sendo reformado em Laranjeiras. Bairro onde está localizada a Rua Ipiranga, que hoje foi palco de outra ameaça de remoção por policiais e, segundo os ocupantes, sem mandado judicial.


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