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Almirante Negro, João Cândido ganha museu na Baixada

O líder da revolta da Chibata, que ocorreu em 1910, João Cândido (1880 - 1969) receberá um museu em sua homenagem, construído no casarão histórico em que viveu boa parte de sua vida, no Morro do Embaixador, em São João de Meriti. Na semana passada, agentes da Secretaria Municipal de Cultura, Lazer, Direitos Humanos e Igualdade Racial - SEMCULDHIR, estiveram no Morro do Embaixador nesta quinta-feira (24/9) para conferir o avanço das obras do Museu Marinheiro João Cândido.


O Almirante Negro João Cândido, na década de 1960, em sua casa, em São João

Acompanhando a visita estava a superintendente de museus da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Luciene Figueiredo, a museóloga, que assiste o projeto há 10 anos, reforçou a importância da preservação da memória de João Cândido: “Este é mais um momento de reafirmação do papel e da importância do museu nessa região, estou feliz em ver que essa fase está em andamento”, disse.


Além do museu, a área contará com uma área recreativa, com quadra de esportes, academia ao ar livre e parquinho infantil.


A casa em que João Cândido viveu será reformada para receber o museu


Sobre João Cândido

O Almirante João Cândido ficou conhecido porque, até 1910, a Marinha costumava punir os marinheiros com castigos físicos, como chibatadas. Na época, o marinheiro Marcelino Rodrigues foi condenado a 250 chibatadas, após ser acusado de ferir um superior, a bordo do encouraçado Minas Gerais. Os outros marinheiros, então, se revoltaram e iniciaram o movimento que ficaria conhecido como a Revolta da Chibata. João Cândido liderou a rebelião e redigiu uma carta na qual os revoltosos exigiam o fim dos maus-tratos, castigos físicos como a chibatada e o bolo nas mãos. Ao término da batalha, ele ficou conhecido como o Almirante Negro, mas acabou expulso da Marinha.

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